O Projeto Pampulha Compassiva é inspirado nas duas primeiras Comunidades Compassivas implementadas no Brasil (Cabana Compassiva e Favela Compassiva pelo Prof.Dr. Alexandre Ernesto Silva e Rafaella Aquino e Gabriela Raposo).
É uma iniciativa inovadora e desafiadora que busca o alivio do sofrimento humano através da mobilização na comunidade, incentivando os moradores a se envolver com os cuidados daqueles em condição que ameaça a continuidade da vida.
O foco da Política Nacional de Cuidados Paliativos (2024) é a Atenção Primária, com a Comunidade Compassiva ao seu lado enquanto apoiadora. A rede de atenção em saúde está sobrecarregada, precisamos instrumentalizar a população para cuidar minimamente dos seus e evitar o aumento dessa sobrecarga, para que, ao necessitar, tenham a assistência devida.
Aliviar o sofrimento de pessoas com doenças ou condições que ameaçam a vida, ampliando o acesso de populações vulneráveis aos cuidados paliativos.
Despertar o olhar da comunidade para os cuidados com seus moradores, incentivando a construção de uma rede social de suporte.
Valorizar recursos e potencialidades da comunidade.
Realizar capacitações em cuidados paliativos, aumentando o alcance das ações e desconstruindo tabus.
Viabilizar ações de suporte ao luto.
Ausência de cunho religioso ou político.
(Re) inserir os pacientes na rede de atenção à saúde e fortalecer o vínculo.
Minimizar o impacto dos determinantes sociais da saúde na condição clínica do paciente.
Promover qualidade de vida, dignidade e máximo alívio do sofrimento, buscando detectar e suprir as necessidades de saúde, sociais, financeiras e estruturais da melhor maneira possível.
Proporcionar condições, suporte e segurança, preparando familiares para o cuidado domiciliar, esclarecer sobre a possibilidade do óbito em domicílio, considerando os limites circunstanciais.
Mobilizar a comunidade e atuar como apoio e elo com a rede de atenção à saúde, através do apoio de voluntários locais e equipe multiprofissional.
Muitas pessoas entendem por cuidado paliativo como situações na medicina em que "não há mais nada a fazer". Na verdade, trata-se da assistência que busca oferecer cuidado integral à pessoa diante de uma doença ou condição que ameaça a continuidade da sua vida.
Seu foco não é a doença, mas sim o indivíduo de forma integral e ampliada, contemplando todos os sofrimentos envolvidos: físicos, emocionais, sociais, familiares e espirituais. E ao cuidar de alguém, sempre há muito o que fazer, mesmo que a medicina aponte que não há um tratamento capaz de curar uma doença.
O cuidado paliativo vai muito além da medicina, é um trabalho em equipe multidisciplinar que busca reconhecer, acolher e aliviar os sofrimentos, promovendo qualidade de vida, dignidade, e apoiando o reconhecimento do sentido/valor de vida. O termo paliativo não se refere a "gambiarra" ou "quebra galho", mas sim "proteger" ou "aliviar". Vem do termo em latim "Pallium", que significa "manto", uma capa que era colocada nas costas dos cavaleiros das Cruzadas, para protegê-los das intempéries.
Uma das missões do Pampulha Compassiva é divulgar essa forma especial de cuidado, e oferecer esse manto à população em situação de vulnerabilidade de nossas comunidades!
- Juliana Gomes e Ilka Machado
O projeto oferece cuidados paliativos a moradores da Vila Paquetá que possuem diagnóstico de doenças ou condições que ameaçam a continuidade da vida. A equipe é composta por voluntários locais (moradores da comunidade que indicam e acompanham os pacientes), voluntários da saúde (profissionais que prestam assistência e apoio técnico) e apoiadores (que contribuem com doações e logística). Nosso objetivo é aliviar o sofrimento físico, psíquico, familiar, espiritual e social desses pacientes, através de atendimento multidisciplinar e elaboração de um plano de cuidados construído coletivamente.
Médica de Família e Comunidade, Paliativista
Agente Comunitária de Saúde e Nutricionista
Gestora de UBS em BH, Enfermeira e Bióloga
Enfermeira da Saúde da Família
Gestora de UBS em BH e Enfermeira
Advogada, especialista em Cidadania e Direitos Humanos
Assistente Administrativo em UBS e estudante em Ciência da Computação
Assistente Administrativo em UBS e estudante em Arquitetura
Doadores e parceiros da comunidade que atuam de forma voluntária
Profissionais da saúde que atuam voluntariamente no cuidado da comunidade